A figura subversiva feminina

em narrativas distópicas

Autores/as

Palabras clave:

Distopias clássicas, mulher, figura subversiva

Resumen

Este texto é fruto de um projeto de iniciação científica e possui o objetivo de compreender a presença da figura feminina como um
elemento desencadeador de desordem na literatura distópica, mais especificamente como a mulher desempenha um papel de desestruturação do protagonista junto ao sistema dominante. Nas sociedades totalitárias representadas em Nós, 1984 e Fahrenheit 451, obras eleitas para este estudo, os sentimentos tendem a não ser mais expressos e a troca de afetos parece inexistente. Nelas, a mulher pode se tornar a depositária e a “guardiã” de sentimentos proibidos, desde o puro desejo sexual até o envolvimento romântico ou intelectual. O foco da análise, que é comparativa, recai em determinadas atuações femininas junto aos protagonistas masculinos, os quais, inicialmente, servem a ideais governistas. O intuito é verificar como o contato com elas pode abalar a construção desses sujeitos, ao despertar neles consciência de sua alienação e uma tentativa de mudança.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Isabela Cazarini do Prado, Universidade Federal de Uberlândia

Brasileña. Graduanda em Letras - Língua Portuguesa com domínio de Libras na Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Pesquisa Paulo Freire, leitura e literatura. Última publicação: Freitas, M.; Prado, I. C. (2023). A prática como componente curricular na formação do professor de Língua Portuguesa: vivenciando os novos (multi)letramentos. Pesquisas em Discurso Pedagógico, 32, 211-230. Acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=63747@1.

 

Léa Evangelista Persicano, Universidade Federal de Uberlândia

Brasileña. Doutora em Estudos Literários pela Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Pesquisa o espaço ficcional, a narrativa fantástica, memória e distopias. Última publicação: Persicano, L. E. (2023). As espacialidades do viver-morrer no ciclo utópico-distópico da série literária “O doador de
memórias”. Tese (Doutorado em Estudos Literários) – Universidade Federal de Uberlândia. Acesso: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/39356/1/EspacialidadesViverMorrer.pdf.

 

Marisa Martins Gama-Khalil, Universidade Federal de Uberlândia

Brasileña. Doutora em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São Paulo, Brasil; estágio pós-doutoral pela Universidade de Coimbra, Portugal. É professora titular aposentada da Universidade Federal de Uberlândia. Líder do Grupo de Pesquisas em Espacialidades Artísticas/ CNPq e coordenadora do GT da ANPOLL Vertentes do Insólito Ficcional. Pesquisa o espaço ficcional e a narrativa fantástica; questões inerentes à literatura infantil e juvenil e ao letramento literário; e as relações plausíveis entre Teoria Literária e Análise do Discurso. Última publicação: Gama-Khalil, M. M.
(2023). No território do fantástico, o espaço se esparsa. Raído, 17(43), 46–66. Acesso: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/16408.

Citas

Bairros, L. (2020). Nossos feminismos revisitados. In: Hollanda, H. B. (org.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Brasil: Bazar do Tempo, 2020, p. 206-215.

Bourdieu, P. (2007). A dominação masculina. Tradução de Maria Helena Kühner. Bertrand Brasil, Brasil. 208 p.

Tesis. Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Brasil. Borges, L. A. Nos rastros do sujeito: espacialidades, subjetivação e dessubjetivação em Memórias do Cárcere. 2017. Tesis de maestría, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.

Bradbury, R. (2012). Fahrenheit 451. Tradução de Cid Knipel. Globo, Brasil. 216 p.

Brandão, R. S. (2004). A mulher escrita. In: Branco, L. C.; Brandão, R. S. (org.). A mulher escrita. Brasil: Lamparina, 2004, p. 97-215.

Ceia, C. Conflito. In: E-dicionário de termos literários de Carlos Ceia. 2009. https://edtl.fcsh.unl.pt/encyclopedia/conflito. 25 abril 2023.

Cerqueira, J. R. F. (2020). “O mundo é um lugar perigoso quando você não sabe o suficiente”: o bloqueio ao conhecimento e ao ensino na distopia. In: Cardoso, A.; Sasse, P. (org.). Distopia e monstruosidade. Brasil: Dialogarts, 2020, p. 136-160. https://www.dialogarts.uerj.br/distopia-e-monstruosidade. 12 noviembre 2022.

Chevalier, J.; Gheerbrant, A. (2001). Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Tradução de Vera da Costa e Silva et al. Brasil: José Olympio.

Deleuze, G. (1992). Conversações. Tradução de Peter Pál Pelbart. Editora 34, Brasil. 240 p.

Eco, U. (1994). Seis passeios pelos bosques da ficção. Tradução de Hildegard Feist. Companhia das Letras, Brasil. 158 p.

Foucault, M.; Trombadori, D. Conversa com Michel Foucault. In: Motta, M. B. (org.). Ditos e escritos – Repensar a política. Tradução de Ana Lúcia Paranhos Pessoa. Brasil: Forense Universitária, 2010, p. 289-347.

Foucault, M. (1999). A ordem do discurso. Tradução de Laura Fraga Sampaio. Loyola, Brasil. 80 p.

Foucault, M. (2014). Vigiar e punir: história da violência nas prisões. Tradução de Raquel Ramalhete. Vozes, Brasil. 302 p.

Funck, S. B. (2011). O que é uma mulher? Revista Cerrados. 20 (31): 63-74. https://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/article/view/26036. 25 abril 2023.

Gama-Khalil, M. M.. Cronotopias fantásticas em “O diabo no campanário”. In: García, F.; Colucci, L.; Gama-Khalil, M. M.; Philippov, R. (org.). Edgar Allan Poe: efemérides em trama. Brasil: Dialogarts, 2019, p. 167-186.

Lugones, M. Colonialidade e gênero. In: Hollanda, H. B. (org.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Brasil: Bazar do Tempo, 2020, p. 52-83.

Oliveira, R. C.; Sousa, K. M. (2013). A sociedade de controle e suas estratégias em Nós, de Evgueny Zamiatin. Linguagem – Estudos e Pesquisas. 17 (2): p. 243-263.

Pavloski, E. (2014). 1984: a distopia do indivíduo sob controle. Editora UEPG, Brasil. 272 p.

Peacock, R. (1968). Formas da literatura dramática. Tradução de Bárbara Heliodora. Zahar Editores, Brasil. 328 p.

Pêcheux, M. A Análise do Discurso: Três Épocas. In: Gadet, F.; Hak, T. (org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Brasil: Editora da UNICAMP, 1997, p. 311-318.

Pinto, M. C. Prefácio. In: Bradbury, Ray. Fahrenheit 451. 2. ed. Tradução de Cid Knipel. São Paulo: Globo, 2012, p. 11-18.

Ribeiro, D. (2020). Lugar de fala (Feminismos Plurais). Sueli Carneiro; Editora Jandaira, Brasil. 128 p.

Roberts, A. (2018). A verdadeira história da ficção científica: do preconceito à conquista das massas. Tradução de Mário Molina. Seoman, Brasil. 704 p.

Silva, A. M. (2021). In: Dicionário digital do insólito ficcional (e-DDIF). Dialogarts, Brasil. http://www.insolitoficcional.uerj.br/d/distopia. 12 junio 2022.

Orwell, G. Resenha de Nós, de Ievguêni Ivánovitch Zamiátin. In: ZAMIÁTIN, I. Nós. Tradução de Gabriela Soares. Brasil: Aleph, 2017, p. 316-323.

Orwell, G. (2021). 1984. Tradução de Antônio Xerxenesky e ilustrações de Rafael Coutinho. Antofágica, Brasil. 434 p.

Woolf, V. Mulheres e ficção. In: Woolf, V. Mulheres e ficção. Brasil: Penguin Classics, 2019, p. 9-19. (Coleção Grandes Ideias).

Zamiátin, I. (2017). Nós. Tradução de Gabriela Soares. Aleph, Brasil. 344 p.

Descargas

Publicado

26-02-2024